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sexta-feira, 25 de março de 2011

Entrevista de Robert Pattinson para a ‘Box Office Magazine’

Você é incrivelmente ocupado. O que foi que viu em Agua para Elefantes e  fez com que  decidisse que esse seria o seu próximo filme?
A primeira vez que eu vi o Francis,  nós conhecemos o Santuário de Elefantes onde a elefanta Tai vivia. Eu  dei-me muito bem com ele durante a viagem de carro. Quando chegamos ao lugar, conhecemos o elefante e mostraram-nos os truques que iriam ocorrer no filme – foi um dia incrivel e todo o ambiente a volta da elefanta chamou-me a atenção. Eu amei a ideia de trabalharmos  num set tão calmo  só de estar perto deles já era algo muito calmo. E também, depois de ter feito tantas coisas estressantes no ano anterior, quando eu li o roteiro e o livro gostei dos dois, e senti que poderia adicionar algo ali. E depois ainda tinham Reese e Christoph no elenco, e eu senti que não poderiamos ter um elenco melhor, e foi isso! Foi algo sem pensar, de verdade!

É interessante ouvi-lo  falar sobre os animais porque numa cena  anda entre os animais e  conhece-os. Parecia muito confortavel no ambiente circense.
Existia algo  onde nós estavamos filmando e toda a selvageria da história – tinha alguma coisa mágica. Nós estavamos filmando no meio do deserto e tudo era autêntico nessa tenda de circo dos anos 30 e praticamente não havia nenhum equipamento moderno em lugar nenhum. Você realmente poderia acreditar que estavamos nos anos 30. Algo sobre a luz que entrava pela tenda. Era uma qualidader mística, e além de tudo, estava muito quente, os animais estavam cansados, animais exóticos em jaulas antigas. Existe algo incrivelmente lindo e estranho quando se vê uma hiena e tigres, todos dormindo na mesma sala – e um bebê girafa lá ao fundo. Havia algo especifico sobre essa cena, o bebé girafa estava totalmente alheio a situação de que tinha um tigre em uma jaula e um leão na outra, ao lado dele. Os dois ficavam encarando a girafa durante a cena e eu estava tentando fazer com que a girafa não percebesse o que estava acontecendo e mantinha-o focado em uma única direção.

Isso soa como uma metáfora ou algo assim, se bem que não estou totalmente certo disso.
É engraçado porque a girafa não nasceu no meio da natureza ou algo assim, então ela não tinha ideia dos perigos que a ameaçavam a poucos metros de distância. Quero dizer, todos falam,“Nunca trabalhe com crianças e nunca trabalhe com animais”, mas eu descobri que isso sempre foi uma parte de mim. Eu realmente gosto de trabalhar com crianças e animais mais do que com adultos na maioria do tempo porque eles são uma constante fonte de inspiração pois estão fazendo coisas deles! Eles não sabem que estão num filme!

Eles são os actores mais metódicos.
Eles realmente estão “dentro” dos seus personagens. [risos]

Quando criança,  queria fugir com o circo?
Não. Eu só fui ao circo quando tinha uns seis anos. Os palhaços estavam naquele carro pequenininho e a porta explodia e minha irmã  disse-me que o palhaço tinha morrido, o que era uma tremenda mentira mas eu achava que era verdade até a um ano atras. Eu acho que isso foi uma das coisas que fez com que eu nunca mais fosse ao circo na minha vida. É engraçado por que as pessoas sempre acham que o circo é assustador e quando se vâ a Agua para Elefantes aquilo ali não se parece com um circo. Algumas pessoas  perguntavam: “Dá medo? Há aqueles palhaços assustadores?” Não. Por que essa é a primeira coisa que  vem a sua cabeça quando se pensa em um circo? Isso é muito estranho.

Muitas pessoas tem medo de palhaços. O que será que aconteceu com eles durante a infância?
Eu sei. É muito estranho, a maioria das pessoas querem ser miseráveis sempre então  passam a ter medo de qualquer coisa só para fazer alguem rir. Um dos meus filmes favoritos quando eu era mais novo era It – Uma Obra Prima do Medo (baseado no livro do Stephen King). Eu sempre gostei da ideia de um palhaço psicótico.
Então eu acho que posso culpar It – Uma Obra Prima do Medo por tudo isso. Eu lembro-me que quando eu vi e era bem mais jovem e fiquei muito assustado – especialmente com as aranhas!
Eu vi de novo recentemente e não achei tão assustador. Eu tive medo desse filme quando era mais novo.

Os Meus pais deixaram-me ler o livro quando eu fiz 10 anos. Eu não sei o que eles pensaram na época. Eu queria  perguntar, esse filme tem um grande sentimento Americano. Como você é de Londres, fiquei pensando o que  fez para atingir esse grande espirito fronteiriço da década de 30?

Eu acho que esse sempre foi o meu periodo favorito da America. Sempre que viajo pelo interior americano e vejo aquelas terras planas que seguem eternamente e as pequenas cidadezinhas com os seus postos de gasolina e coisas assim. Essa é a minha ideia sobre a America. Eu nunca penso em New York ou cidades assim. É isso que me parece. Esse periodo, o fim do Velho Oeste. É essa energia que eu acho realmente atraente. Gosto da ideia de romancear a America, porque na Inglaterra dos anos 30 não tinha nada que pudessemos romancear. Existe algo na America dessa época que tem uma esperança muito simbólica por alguma razão. Assim que eu vi a forma como Jack Fish criou os sets e também os dias e horários que tínhamos escolhido para filmar, naquele horário mágico – aquilo parecia inacreditavelmente Americano o tempo inteiro e eu realmente gostei disso. Eu não sei se poderiamos fazer um filme moderno com essa mesma sensação. Eu não sei como fazer algo que realmente pareça Americano nos tempos modernos. Antes dos anos 40, as pessoas eram essencialmente cowboys e é isso que os Americanos são para mim. E então criou-se todas aquelas cercas de madeira branca e as coisas ficaram totalmente diferentes. Mas os anos 30 eram bons.


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