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domingo, 13 de novembro de 2011

REVISTA VEJA: A PRIMEIRA VEZ DE BELLA SWAN!


A prometida cena de sexo de "Amanhecer – Parte I", filme que o casal principal sobe ao altar, deve seguir o padrão "Crepúsculo"  de erotismo: bem light.

"Amanhecer – Parte 1", a penúltima parte da franquia cinematográfica Crepúsculo, chega aos cinemas de todo o mundo na próxima sexta-feira, 18, com uma cena que vem sendo aguardada pelos fãs há três longas-metragens: a primeira transa entre Bella (Kristen Stewart) e seu vampiresco príncipe encantado, Edward Cullen (Robert Pattinson).

Os mais ansiosos, no entanto, devem tomar um banho de água fria. Apesar das promessas de parte da produção de que este será um filme com “cenas quentes”, não haverá nada capaz de quebrar o padrão de sexualidade da mórmon Stephanie Meyer, autora da série. Um padrão bem light.

No livro Amanhecer, que no cinema deu origem a dois longas – boa maneira de multiplicar os lucros, já que cada filme tem receita estimada em 600 milhões de dólares –, a cena de sexo entre os protagonistas é suprimida (confira trecho abaixo). Se veem suas preliminares (abraços e carinhos, calma lá) e depois Bella acordando e repousando a cabeça no corpo gélido de seu amado imortal (um alívio para o calor Rio de Janeiro, onde passam a lua-de-mel).

Mais tarde, na vistoria do quarto onde se hospedam no litoral fluminense, percebe-se que a coisa foi forte: a cama está quebrada, a camisola da mocinha está rasgada e ela tem hematomas nos braços. Apesar das aparências, contudo, a relação ocorreu dentro dos conformes. Ao menos, dos conformes de Stephanie Meyer. Edward é vampiro e tem super-poderes, por isso as marcas e a destruição. Foi tudo feito com amor. O sexo entre Bella e Edward, aliás, é certinho do começo ao fim. A menina só tem sua primeira experiência sexual depois de se casar com o namorado, um homem do começo do século XX – ele tem 105 anos. E é a partir daí que engravidará de um bebê meio vampiro, meio gente.


O cinema pode oferecer alguma cena a mais. Melissa Rosenberg, a roteirista da série, prometeu maior nudez em Amanhecer. E Robert Pattinson já declarou que malhou para exibir o corpo na esperada sequência do longa-metragem, por temor das comparações com o bombado lobisomem Jacob, vivido por Taylor Lautner. Mas não passará de um abdome aqui, costas ali, quiçá um derrière ou um seio ao luar do Rio de Janeiro, como adiantou a própria Melissa Rosenberg, tirando as esperanças dos mais entusiasmados. “O filme respeitará a classificação etária dos demais”, disse, lembrando o predomínio dos adolescentes entre o público da saga, embora muitos adultos sejam fãs ensandecidos.

A primeira vez de Bella, como se vê, poderá ser também a última da série "Crepúsculo".

A iniciação de Bella no livro Amanhecer

“Eu dei um meio sorriso, então ergui a minha mão livre – agora ela não tremia – e a coloquei sobre o coração dele. Branco sobre branco; nós combinamos, para variar. Ele estremeceu só um pouquinho com o meu toque. A respiração dele agora estava mais ríspida.

“Eu prometi que ia tentar”, ele sussurrou, ficando tenso de repente. “Se… Se eu fizer algo errado, se eu te machucar, você precisa me dizer imediatamente.”

Eu fiz um aceno solene com a cabeça, mantendo meus olhos grudados nos dele. Eu dei um passo à frente nas ondas e deitei minha cabeça no peito dele.

“Não tenha medo”, eu murmurei. “Nós fomos feitos para ficar juntos.”

De repente eu fiquei abismada pela veracidade das minhas próprias palavras.

Esse momento era tão perfeito, tão correto, que não havia nenhuma dúvida disso. Os braços dele me cercaram, me segurando contra ele, éramos como inverno e verão. Parecia que todas as terminações nervosas do meu corpo eram fios elétricos.

“Para sempre”, ele concordou, e então nos puxou gentilmente mais para dentro na água.

O sol, quente na pele das minhas costas nuas, me acordou pela manhã. Era tarde da manhã ou logo cedo à tarde, eu não tinha certeza.

Apesar disso, tudo além da hora estava claro; eu sabia exatamente onde estava – o quarto claro, com a grande cama, a luz brilhante do sol entrando pelas portas abertas. As nuvens do mosquiteiro suavizavam o brilho.

Eu não abri meus olhos. Eu estava feliz demais para mudar qualquer coisa, não importa o quão pequeno ela fosse. Os únicos sons eram as ondas lá fora, nossa respiração, as batidas do meu coração…

Eu estava confortável, mesmo sob o sol forte. A pele fria dele era um antídoto perfeito para o calor. Deitada em seu peito gelado, com os braços dele ao meu redor, parecia simples e natural.

Eu me perguntei vagamente porque eu estava tão amedrontada por causa de ontem à noite. Meus medos agora pareciam bobos.”

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